segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Recesso.

Muito bem, então é isso! Chegamos ao fim do ano ...

Já está manjadíssimo aquele discurso de Natal, paz e amor; o espírito do Natal etc ... e o Papai Noel foi inventado por um marqueteiro para um anúncio de uma das Colas ... pois é ...

Diante dessas coisas (e de outras ainda piores) fica difícil acreditar em " NATAL" com algum espírito que não sejam os lucros, no mundo capital ... no entanto, as pessoas próximas não têm nada a ver com isso ...

Como é divertido ver o encontro anual entre as famílias - isto, aliás, me é caro - aí sim, com o "espírito do natal" por instantes ... logo, voltam a ser famílias ... com todo "espírito familiar": as rixas, os sonhos em comum, as lembranças e, fundamentalmente, as formas peculiares de amar.

Minha família tem uma maneira muito peculiar de amar ... espremendo .. eu adoro! hehehehe ... mas, pra quem vê de fora, pode parecer um "sufoco". Não é não. É união e amor ... como já disse anteriormente.

No fundo, o Natal deveria ser a oportunidade de o mundo cristão refletir no quanto se afastou de Cristo ... de seu ideal. ELE não só queria uma revolução religiosa: em sua época, a religião era política, a religião era TUDO. ELE quis uma mudança em TUDO.

Então, eu tenho o meu Natal, em família. Pensando sempre em como me aproximar DELE. E, me lembro que, do alto das minhas ilusões, aqui em casa, olhava pro horizonte e pensava: quero isso mesmo que me oferecem? Acho que essa é a grande lição: quando estou em dúvida se o caminho é correto, lembro que o diabo também ofereceu seu reino, se ELE o adorasse. E ELE RECUSOU. Dizer NÃO! Aprender a dizer não!

NÃO AO NATAL CAPITAL!!!!! Sem lucros - Sem LOGROS! Com consciência.

FELIZ NATAL E FELIZ ANO NOVO!

Até o ano que vem ... (hahahahah .. alguém se lembra do BUG do milênio?)

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Notícia Triste

Ontem, tivemos uma notícia triste, atrasada dois meses: a pediatra das crianças foi atender os anjos.

Obrigado, Dra. Vera, por nos ter ensinado tanto e ter curtido com a gente as duas lindas (jamais vamos te esquecer!).

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Última semana do ano ...

Bom dia,

bem, então essa é a última semana útil do ano e, como é de praxe, a gente está correndo pra terminar tudo aquilo que se acumulou, antes das festas - o rito de passagem de um ano para outro.

Em todo esse processo, sempre o que mais me impressionou foi esse "acordo coletivo" - o calendário. Durante a história da sociedade ocidental, tivemos diversos calendários. Nas grandes revoluções, a francesa, a soviética etc, a preocupação era também a instalação de um novo calendário, inaugurando uma nova era.

E a gente "sente" o fim do ano e a entrada do próximo, como se isso fossem verdades absolutas. Sempre pensei isso, em confronto com a idéia de ideologia: um determinado grupo fazendo vc acreditar no que eles querem (grosso modo, e que me desculpem os filósofos de plantão) ... é fácil demais!, principalmente com as armas que se têm hoje. Enfim, há de se lutar muito ...

Mas termino o ano contente, cheio de perspectivcas, como já escrevi anteriormente e com a certeza (de uns 65%) de que estou no caminho certo (e isso é muito, pra quem acha que tudo gira em torno dos 100).

Tive as alegrias novas, a saber: trabalhar com a virga na cantata da escola, para mim, foi quase como reger a nona de beethoven (claro que com MUUUUUITO menos trabalho) pelo prazer e a carga de responsabilidade: quem estava me avaliando era a pessoa mais exigente do mundo!

E as alegrias que a Titch nos deu foram igualmente enormes, ainda que sem essa proximidade pessoal: daqui a 3 anos, o pessoal lá já sabe quem vai reger a cantata outra vez ... heheheheh. Aliás, gostaram desse ano ... quem sabe isso não vira um hábito?

Bem, este não é o último post do ano (alguns diriam infelizmente), então ainda não desejo nada ...

Apenas que todos se recuperem das ressacas diárias, pq no fim do ano é festa todo dia. E, um dia, falando com meu amigo Mr. PhD, eu lhe disse: sabe por que fizeram a Lei Seca? para que todo mundo soubesse que, mesmo sem álcool, eu sou assim mesmo!

Pra quem não sabe, eu não posso beber quando saio, porque minha esposa não dirige, então ... eu fico sóbrio. O que não deixa de ser bom, porque, assim, eu falo as besteiras de cara limpa ... hehehehehe.

Um beijo e bom café (de segunda-feira, com gosto de cabo de gurda-chuva).

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

O que Aprendi com os Toureiros

Fim de ano é sempre repleto de fechamentos ... encerramentos. Alguns, passando pela angústia de uma defesa de dissertação ou tese, se desesperam: quase se colocam no lugar dos perus ... hehehehe.

Depois que eu passei pela minha, escrevi um texto pra ajudar um amigo - ele não precisava, mas eu quis dar uma força. Quem achar legal, à vontade.

O Que Aprendi Com os Toureiros

guia prático-consolativo para defesas com banca

1. El buen toro es bravo y noble. O touro entra na praça para matar o toureiro, para defender um território. E quanto mais ele luta, melhor é. Mas ele não olha para o toureiro, senão para a capa (os enganos). Um touro bravo e que segue a “muleta” é, portanto, o touro “ideal”.

O examinador leu o seu trabalho e não deve ir à defesa para acariciar-lhe. Ele tem a obrigação de discutir o seu trabalho com você, assim como o touro de lutar contra o toureiro. Mas é o toureiro quem ensina, nos poucos minutos que tem, o touro a ir pela capa. Desta mesma maneira, você deve manter o foco da argüição no trabalho: ele é a sua capa.

2. Los toros son sorteados. Cada toureiro mata, normalmente, em uma tarde, dois touros, alternando com outros dois toureiros (em uma tarde de touros, portanto, geralmente são mortos seis touros). Na defesa, só há você, mas normalmente são dois examinadores (mais o seu orientador). Mas você tem uma vantagem: você escolhe seus examinadores. O toureiro não: seus touros são sorteados com os outros lotes e repartidos pelos companheiros de cartel.

3. A un toro, sólo se le conoce en la Plaza. Da mesma maneira, só se conhece o examinador na hora da defesa. Portanto, freqüente as defesas, principalmente de futuros membros das bancas. Aproveite, ainda, o(s) exame(s) de qualificação não só para aprimorar o trabalho, mas também para conhecer e, principalmente, confiar nos examinadores futuros.

4. El matador tiene su cuadrilla. Ninguém mata um touro sozinho. Cada matador de touros tem uma equipe, geralmente com banderilheiros, picadores, mozo de espadas etc. Peça para amigos revisarem partes do seu trabalho e tente lê-lo como se fosse de outro. Peça ajuda e fundamentalmente, confie em seu orientador. O toureiro que não confia em sua “cuadrilla” não toureia. Você tem que estar seguro da capacidade de seu orientador em defender o seu trabalho até o fim, inclusive politicamente, se ele gerar polêmica ou não for do agrado de setores do departamento.

5. El matador sólo piensa em sus toros. O matador conhece a procedência dos touros que vai enfrentar, suas características principais, provenientes de sua árvore genealógica etc; e também conhece seus próprios limites. É bom que você conheça quem são os seus examinadores. Leia textos deles. Conheça-os. E conheça o seu próprio limite. Não tenha medo de dizer “eu só vou até aqui com isso”. O matador tem o seu próprio medo da morte como limite. Você, o seu conhecimento e a sua capacidade de manter o foco da discussão no seu trabalho.

6. Cada matador tiene su concepto de toreo. E só quem sabe a melhor lida do touro é quem está diante dele. E deve ser respeitado. Da mesma maneira, você está dando a sua visão de mundo, mais ou menos individual e você tem o direito de se expressar. Use a liberdade de expressão para dizer o que você pensa do mundo, mas não se esqueça que um toureiro que traz o touro mais perto corre mais risco.

7. El buen matador conoce las fases de la lídia. O touro entra na praça, é picado, banderilhado e depois vai ser morto. O sistema fim da tourada é a morte do animal. E tudo é importante para que o matador lhe mate de acordo com o regulamento. Dessa mesma maneira, o trabalho científico tem um “regulamento”. Um método. Tente (entender e) respeitar o “jogo de convivência” com o leitor. Faça uma “boa introdução”, uma boa fundamentação teórica, exposição etc. Tente relacioná-las como partes de um organismo vivo. Ajudará na compreensão do trabalho.

8. Nadie se pone delante de un toro sin saber torear. Antes de matar touros, o matador mata bezerros, novilhos etc. Da mesma forma que ninguém pega uma toalha de mesa e pula no ruedo de Las Ventas, em Madri, ninguém deve ir para uma defesa sem um mínimo de conhecimento de causa. Tente, desde as disciplinas de graduação, participar de seminários, apresentações; estudar, enfim. Faça o TCC, o Mestrado e depois o Doutorado. Sou contra o Doutorado direto. Prepare-se.

9. El matador tiene que estar mentalizado. E você também! Já estudou tudo, fez um trabalho – o melhor que pôde (espero!) – etc. Agora é esperar, sabendo el que uno lleva dentro.

10. El matador se juega la vida. O matador de touros, principalmente (porque todos os que trabalham com touros são toureiros, mas o matador é o principal) está sempre correndo risco de morrer. É ele que enfrenta os touros cara-a-cara. É você que vai enfrentar a defesa. Portanto, a última coisa que você pode é ficar nervoso ou inseguro em cima da hora: o máximo que vai acontecer é você ter que arrumar o trabalho. Ao chegar à defesa, muitos poucos morrem na praia.

11. El matador tiene que lucirse. Não basta matar os touros ... há de se cortar os troféus (uma orelha, ou duas orelhas, ou duas orelhas e o rabo). Não basta defender o trabalho ... é bom não deixar de responder nada. Nem mesmo às colocações dos examinadores. A sua capacidade de discutir também conta muito, principalmente se você – humildemente e com verdade – mostra o seu limite e vai até ele. E faça uma boa apresentação que explique, por outra via, o que você fez.

Espero que seja de uso.

São José de los Campos, junio de 2006


Bom café. Vou me preparar pra mais uma tarde de toros (apresentação na escola da Virga).

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

É Hoje!

Pois é, hoje é meu aniversário. Bem na segunda-feira e, porque é o primeiro em que tenho um blog, acho que vale falar um pouco o que penso dessa data - não só para mim, mas para qualquer um.

O dia do meu aniversário sempre me pareceu um dia de desafogo. Desde que me lembro, era um dia em que "eu me sentia bem", geralmente depois de alguns dias sentindo-me bem mal. Desde pequeno eu fui um cara reflexivo - e vejo isso em uma das minhas filhas, gostava de brincar sozinho, com aventuras na minha cabeça; e pensava ... sobre as coisas que poderia ter feito, as que não deveria ter feito ... geralmente, um pouco antes do 8 de dezembro.

Isso tudo pode ser assim porque os meus aniversários sempre foram de sonho! Meus pais contratavam carrinho de sorvete para uma mega festa no "Pequeno Príncipe". Ou o aniversário dos 3 anos, com o bolo da seleção brasileira (eu lembro até hoje!!!!!!!). Sempre foram legais e sempre me senti muito amado nessas datas.

Depois, como todo bom adolescente, reneguei o aniversário. Cumpria como compromisso social. Hoje eu gosto. Essa data deveria ser aquela em que você abre a casa - não importa o dia da semana e, por isso, não gosto de trocar a festa de dia - para receber as pessoas que TE consideram importante na vida delas. E comemorar que você ainda está lá. É o dia de lembrar daquele amigo, pelo aniversário dele ... e não perder mais que um ano de contato, se a vida te afastou dele ... etc.

Mas eu mesmo sou péssimo para lembrar aniversários alheios ... ainda bem que agora tem o orkut que lembra automaticamente ... senão ...

Depois de um certo tempo, eu descobri que essa fase de reflexão pré-aniversário era chamada de "inferno astral". E eu sou muito sensível a isso .. pasmem! E confesso que, nos últimos anos, nos passados, essa fase foi triste ... de tentativa de curar as feridas, das batalhas que acabei perdendo.

Neste ano não! Foi de alegria ... de pespectivas fantásticas que, concretizando-se ou não, já mudaram o panorama das nossas vidas.

Não posso deixar de agradecer aos meus pais e ao meu irmão, que me ensinaram e demonstram até hoje o sentido de ter uma família. Um apoio incondicional, fraternal, solidário, uma união sem limites ... AMOR! vem dáí o significado dessa palavra para mim.

À Mary que me mostrou o mundo sob outra perspectiva. Ainda um dia desses, pensando nisso, talvez o dia mais significativo da minha vida foi o dia em que a conheci: a minha companheira foi importante nos momentos em que aprendi a lutar, nas derrotas, nas vitórias ... sempre me apoiou, sempre me ajudou e sempre me viu como alguém que merece estar a seu lado. Obrigado, meu amor ... te AMO MUITO. E ainda mais, me deu as duas coisas que eu mais amo nessa vida, das quais me orgulho apenas por elas respirarem ... deliciosas ... as DUAS.

E ao Willy, que me mostrou o tipo de cara que eu queria ser e a maneira de chegar lá ... pelas minhas próprias pernas. Valeu mesmo, cara! Pela paciência e a determinação hercúleas ... por tudo.

E aos inúmeros seres maravilhosos que cruzaram meu caminho e que, para o bem e para o mal, fizeram desses 38 anos uma viagem deliciosa, louca, inebriante, e que me possibilitaram viver muitas vidas em uma só, como um ator em um palco com roteiro do destino.

Enumerar meus amigos, dar-lhes nomes ... bem .. alguns eu nem lembro os nomes ... os caras do açougue, que eu tiro sarro no futebol; os porteiros; as secretárias; os doutores que trabalham com a minha mulher; os escritores, compositores e artistas que eu adoro; o Wal, o Vini, a Áurea, o Gláucio, PhD, WC, o Comandante, o Caruso, o De Bonis, e tanta gente ... a Rose (como esquecê-la!?), a Denise, a Mona, o Leandro, o Miguel, o Jão e muitos outros que vão se sentir aqui ... com certeza.

E quero agradecer também àqueles que me ensinaram a lutar, que me fizeram optar pelo que eu poderia ser e pelo que QUIS ser. E, hoje, quando eu for dormir, alterado pelo álcool e pelos encontros festivos, provavelmente com as 3 que eu amo - acho que não vou querer levar as Duas pra caminha delas não ... hehehehe - eu vou por a cabeça no travesseiro e, com certeza, dizer: obrigado ... eu perdi a fome, a vaidade, a vontade de ser um "vencedor" como vocês, depois de ver os seus olhos corrompidos. Os meus, ainda brilham ... olhando o horizonte, que não é meu, mas que as pessoas me convidam para entrar e me sentir em casa.

Bom café, bom chopp e muitas felicidades a todos.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Educação Musical - UAU!

Tenho a certeza de que, ao escrever o que vou, nas próximas linhas, muita gente vai dizer que sou radical, isso e aquilo. É verdade. Sou mesmo. Mas, leia até o final, pra tentar entender o meu radicalismo.

Aprovaram uma Lei que, aparentemente, é ótima: a obrigatoriedade do ensino de Música nas escolas brasileiras, diferenciando-a do ensino de Artes. Seria ótima se não fosse como tudo no mundo capital: apenas aparência.

Sobre a educação no capitalismo, depois de "A Resposta", acho que não preciso dizer mais nada ... aliás, eu escrevi um texto uma vez para um encontro de compositores sobre a educação musical, que posteriormente publicarei aqui. O encontro, não houve, claro ... era para ser na Colômbia.

Sobre a educação musical especificamente, creio que é o lugar onde há mais picaretas por metro quadrado (aliás, em toda educação); principalmente pq não tocam no ponto fundamental: no capitalismo, somos educados a consumir. É DISSO que vamos participar?

Há muitos anos já, eu decidi que, se eu fosse ensinar, ia ensinar, não importasse a idade do cliente. E, realmente, tentei fazer isso em todas as oportunidades que tive: palestras, oficinas e horas frente classe. E o que é ensinar?

Para mim, ensinar música é ensinar a refletir sobre a prática musical. Refletir sobre as três principais vertentes da prática: a audição, a interpretação e a composição. Isso, aprendi com o Willy, na USP. Mas a adaptação para crianças, foi na raça: prática/reflexão em sala.

Bem, fica claro que, para ensinar música desta maneira, EU também tenho que praticar música sobre esses parâmetros e, ainda, refletir sobre os problemas musicais (do meu nível) para compreender e dominar os problemas musicais que meus alunos se proporão em sala. Por isso, insisto em compor, tocar piano, reger qualquer coisa, escrever artigos acadêmicos etc. É fundamental conhecer conscientemente a prática musical, na maiorira dos ângulos possíveis, para saber como conduzir o aprendizado dos clientes.

Através da prática como compositores e intérpretes (ou seja, o aluno como agente ativo da prática musical) pode-se conseguir argumentos para uma reflexão a partir da audição da história da música ocidental e da música de outros povos já que, ao resolver problemas musicais na prática, os alunos se aproximam da realidade musical de quem a pratica, que acaba um elo de ligação entre as músicas, os contextos etc. Assim, o aluno tem a possibilidade de compreender a "idéia por trás das notas".

Falando assim, parece mágico, como fazem parecer os picaretas ... hehehe. Isso é inevitável. Mas falei tudo isso para dizer que, para mim, não basta uma lei. O problema da educação não é torná-la obrigatória, mas torná-la democrática. Isto é, torná-la acessível com qualidade. Espanta-me conhecer doutores em muitas áreas do conhecimento, gente comprovadamente inteligente, preparada e estudada, sempre em bons colégios e tudo (gente da pequena burguesia mesmo!) e que não sabe ouvir uma melodia.

NINGUÉM NASCE SABENDO OUVIR MÚSICA, DA MESMA MANEIRA QUE NINGUÉM NASCE SABENDO VER UM QUADRO, OU VER UM FILME ETC ... a cultura deve ser aprendida de forma consciente.

E não há lei pra isso.

No próximo, falo sobre a grande vítima da educação: as professoras de educação infantil. Boa cerva (pq já é de tarde ... hehehehe).

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Fim de Campeonato

O fato de ser palmeirense é um fator essencial da minha personalidade. De fato, estudos já devem ter sido realizados (e se não foram, deveriam) para tentar explicar p q nos identificamos mais com esses e não com outros etc ... acaba tudo ficando em papo de bar.

Como este é um bar virtual e as pessoas, na rua, pedem minha opinião e quem entra aqui deveria querer saber minha opinião sobre as coisas (só quem entra aqui sou eu, até onde eu sei, pq se entram, não deixam comentários ...), tudo justifica que eu comente o campeonato ... em breves linhas.

Eu gosto de futebol - de assistir um bom jogo - e vi alguns bons jogos, seguramente não do campeão brasileiro. Vi de outros times - do palmeiras vi um ou outro, do santos um (5 a 0 no cruzeiro, acho, na vila), do flamengo vi contra o palmeiras, o flu jogou bem contra a gente e ontem tbm etc.

Decepcionei-me com o palmeiras pq começou a dar pinta de que podia ser campeão, mas a gente sabia (e isso é verdade) que não dava - o técnico já havia dito que ia tentar, mas que dificilmente ia conseguir. A grande surpresa decepcionante foi a arrancada do sp. E decepcionante não por eles, mas pelos outros.

Parabéns pro campeão! Ainda que seja quem seja - o corolário deste campeonato equilibrado e, justiça seja feita, eu torço pra isso, era o grêmio ser campeão na última rodada ...

Mas acho mais fácil o vasco não cair, do que o sp perder esse título ... e eu que deixei pra escrever sobre futebol qdo tudo estivesse resolvido ... ISSO É QUE É CAMPEONATO LEGAL!!!!! ainda não acabou ... vamos até o fim ... sem técnica, com alguma vontade, mas com cerveja e alegria ... hehehehehe

Boa semana e bom café.

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Questões 2

Como eu ia dizendo num outro post intitulado "questões", comecei a ficar cansado de dar cabeçadas ... e, principalmente, de ficar aqui, roendo os lápis, no quartinho - a inquietação e a ansiedade fazem parte de mim, assim como a preguiça e a tranqüilidade, a neurose e a compreensão etc. Não via mesmo um fim de túnel ...

Um dia, a Virga chegou em casa e disse que, na escola, a professora tinha dito que a turma dela ia cantar na festa de fim de ano na escola e que EU ia preparar o coral. EU? mas fazia já alguns anos que eu não trabalhava com crianças (meu último grito na MOPPE fora em 2005) e eu tava ... no quartinho.

Conversa vai, conversa vem, fui trabalhar com a minha filha (experiência única) e descobri que ela ofereceu o pai às professoras e disse ao pai que as professoras o haviam convidado .. hehehehehe (com 5 anos). Mas tá dando certo.

O curioso é que, depois de tirar o olho do meu próprio umbigo, passei a ver um horizonte que julguei distante (longe mesmo!) mas que tava tão na minha frente que quase me atropelou ...

Agora, estamos correndo pra o bonde não passar, mas, na verdade, já o pegamos ... já estamos nele! É que ainda estamos agitados com o esforço pra subir no bonde ...

Hmmm ... continuamos daqui a pouco .... hehehehehe.

Bom café.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Fênix, ou o Tocador de Sinos

Há alguns anos já, eu nem pegava em um par de baquetas com a finalidade de gerar sons. Mais de cinco anos, seguramente.

Eis que, um dia desses, via recado de orkut, tive uma incrível surpresa: era convidado para tocar um carrilhão de cinco sinos em uma peça inédita de música contemporânea. Quem me deu mais essa oportunidade na vida foi o Gláucio, um cara realmente incrível.

Poderia escrever um monte sobre o Gláucio ... há anos eu o acompanho (antes mesmo de entrar na faculdade, eu já ouvia falar dele, como um bom aluno de uma amiga minha). Ele foi meu bixo, claro ... e até conversamos um pouco, mas não muito. Lembro-me de que as peças dele eram criativas ... enfim, um cara bom no mundo capitalista. (Até teve arranjo tocado no Carneghie (?) Hall, em NY)

Afastamo-nos e, graças a Mr. Orkut, ele me deu a chance de participar de um projeto bem legal: a abertura da exposição da Flávia Yue, que estudou na ECA tbm. Ela fez um roteiro sonoro que incluía sinos na praça de sto andré, músicos dentro da "casa do olhar" - um conjunto de câmara e eu, com cinco sinos para explorar e me divertir, dentro de uma sala fechada. As pessoas podiam me ver lá dentro através de um olho mágico que invertia a imagem. O Gláucio "pôs as notas nesse roteiro" e ficou bem legal. Foi no último sábado (22/11).

E eu tive que lembrar como era manejar as baquetas - foi quase como andar de bicicleta. Mas também lembrei de outras coisas ... E infelizmente constatei que os músicos continuam irresponsáveis com seus horários - então uma coisa que poderia demorar 3 horas demora 6, pq todo mundo vai atrasar; o desinteresse de músicos com a própria música (foi comum ouvir a frase "para que estudar harmonia?" etc ... um belíssimo retrato do estado de coisas no mundo capital: educação falha, sem relação com a vida cotidiana etc.

E me lembrei pq parei de tocar. Mas se tiver uma outra dessas ...

ME CHAMA QUE EU VOU!!!!!!!!!!!!!!! pq foi legal pra caramba.

Obrigado mesmo Gláucio, e espero que a gente não demore muito pra se ver de novo não.

Choveu ... foi uma pena. Mas valeu. Estão os dois de parabéns. E o resto do cjto tbm! claro! E eu ... que fiz solos de zumbir na cachola ... hehehehehehe ... abraço!

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Falsas Quadrinhas

Na manhã da final da copa de 2002, no Japão, eu e a Mary estávamos em Madri (o jogo ia ser, lá, por volta do meio dia. Tínhamos ido dormir tarde, mas eu acordei muito cedo (dormi só umas 2 horas) ... eu queria torcer por 2 caras: o Felipão e o Marcos, ambos do palmeiras ... hehehehe ... e o Abobrão (o fenômeno) tava bem tbm ... enfim ... eu queria, mas sabia de tudo: é duro ter consciência.
Bom .... acalmei a consciência e depois tomei muita cerveja ... ehehehehe. Vai o texto, vai:


Falsas Quadrinhas

Quando alguém senta em uma cadeira
Da mais simples à mais rara
É em uma massa obreira
Que apóia sua contra-cara

O quitute mais saboroso
Que se come sofregamente
Nada esconde, seu moço
É carne moída de gente

O esporte, antes são,
Seja limpo ou imundo
Serve só para desviar a atenção
Das verdades deste mundo

O que se crê artista, de coração
Por mais que escolha a tinta
Não tem mesmo outra opção
É com sangue humano que pinta

E a Música? Mesmo as mais belas das suas
Serve apenas para abafar, sem conflito
O choro e o grito
Dos famintos nas ruas

Nem mesmo o avião potente
Ou o carro mais veloz
Nos leva longe o suficiente
Onde não chega essa voz

Mas disse Brecht, um dia
De maneira mui propícia
Ria, quem ainda não ouvia
A derradeira notícia.

Madrid, 30/06/2002

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Questões

Bom dia.

Desde criança, a idéia básica era viver de música. E tocar era uma dificuldade ... infelizmente eu quis tocar bateria - que fazendo uma analogia, pode-se comparar com o goleiro - e sempre dependi dos outros pra fazer o som ... como o goleiro que fica lá parado, enquanto os outros se divertem correndo atrás da bola (e eu tbm gostava de jogar no gol .. vai vendo!).

Em várias oportunidades fui passado pra trás (e superei os traumas) - o ambiente de banda de adolescente só não fede mais que sala de professores de Universidade Pública ... hehehehe .... uma sacanagem só! hehehehehe - mas o que é difícil de superar é a incompetência.

Enquanto parece brincadeira, coisa de adolescente, a gente se frustra por algo não dar certo ... de as pessoas não levarem a sério ... de não conseguir realizar as coisas ... e eu, sempre impotente, dependendo dos outros ... e não se vê uma alternativa ... é complicado; mas dá pra sobreviver ...

Entrei na faculdade e, depois de conhecer o Willy e a Música (Linguagem Musical) eu decidi que não ia mais depender de ninguém: que ia virar um pensador da Linguagem, que isso ia dar jogo, que eu ia dar aulas e viver feliz para sempre.

Isso até que poderia acontecer se eu compactuasse com a podridão do ambiente em que eu estava envolvido .. e pasmem! por várias vezes, fui excluído por justamente tentar aprender com o Willy. Bom, nem preciso dizer que, depois da dissertação sobre ele, nem na porta mais de onde me formei, posso passar em segurança .. hehehehhe.

Restava-me a instituição mais sólida do mundo capital: aquela que gira a máquina! - a empresa privada. Uma tragédia! Salários baixíssimos para dar aulas para crianças (imensa responsabilidade) e mais: ninguém quer nem saber o que vc está fazendo, nem como ... mas na hora que alguém reclama, a culpa é TUA ... tô fora ...

E mais passadas de pernas (gente querendo que vc trabalhe de graça, em detrimento da família e, quando te chamam lá de volta, dizem que é pq têm dó de vc ... dá pra acreditar? - agora, ele têm um enorme negócio na mão que só tá lá pq eu fiz, mas tbm tô fora dessa: mas foi pq eu quis - ou fui levado a isso porque tenho vergonha na cara? hehehehe)

Por isso, realmente, cheguei à conclusão de que, se vc quer vencer no Mundo Capital, tem que apelar para um último recurso: abrir uma empresa.

Nos próximos posts ... heheheheehe ... bom café.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Das Merdas, a que fede menos ...

Alguém ganhou por aí ...
Mas, ganhou mesmo? Os delegados já votaram?
Porque a democracia no capitalismo e, principalmente, na MECA, é um jogo de regras obscuras ...
E money can change ...
E o cara é, na alma, muito mais branco que eu.
Abs.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Questões de Higiene

Bom dia e boa semana, leitor(es?) ...

Li o artigo sobre jogar lixo na rua, do BlogduJeff (esse Jeff – Jefferson – meu irmão, da extrema direita, tanto quanto sou da extrema esquerda ... hehehehe – quase um “Esaú e Jacó”, do incrível M de Assis ... mas tudo no plano das idéias) ...

Mas li o artigo sobre o lixo nas ruas e posso “contribuir” com outro lado da questão. Antes, devo dizer: essas explicações baseadas na raça ou na nacionalidade estão furadas há mais ou menos 1 século e meio. Vamos tentar alguns exemplos:

Quando eu e a Mary chegamos em Madri, na primeira vez, para 6 meses, imaginamos que não conseguiríamos tomar sequer um café nos bares, tamanha quantidade de lixo (guardanapos, pedaços de comida, bitucas de cigarro etc) no chão dos estabelecimentos. É um hábito espanhol! E me foi explicado como uma tradição: para reconhecer um bom bar, olhe o chão: se estiver limpinho, ninguém vai lá ... uma mierda! Depois de manifestações nas ruas, fica tudo limpinho ... os garis acompanham a procissão. Os garis regularmente limpam as ruas várias vezes ao dia, por isso, não tem lixo. Hoje as coisas mudaram um pouco nos bares e eles limpam com mais freqüência: já não assusta mais.

Na Copa da Alemanha (2006), surpreendeu a atitude do grupo de torcedores japoneses que, ao acabarem de festejar uma vitória numa das praças principais de uma das cidades alemãs, recolheram todo o lixo e deixaram o chão limpo, surpreendendo os trabalhadores da limpeza urbana local.

Lembro-me como Mao insiste em trabalhar a higiene no povo chinês, no Livro Vermelho. Não sei se conseguiu melhorar, provavelmente sim, mas alguns hábitos são difíceis de desenraizar ... hábitos ancestrais,

Esse hábito ancestral ocidental, que herdamos, nos faz ser assim. Sujamos as praias alheias, destruímos povos e civilizações em nome do progresso (que para mim é lucro, apropriação indevida de recursos etc = conseqüências capitais) e reclamamos da sujeira perto de nós (mas nunca da que está debaixo do tapete).

E tem um dado a mais: no capitalismo, desde crianças (bebês mesmo), somos criados como indivíduos. Pouco nos preocupamos com o outro, basta dar uma olhada nas escolas infantis, construtivistas ou não. Então, se eu sou mais que todos, alguém tem que pegar meu lixo pra mim ... é assim que pensamos, infelizmente.

E também nos EUA, que pode até ter as ruas limpas, já que a sujeira está em outro lugar, um pouco acima do pescoço. Bom café.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Aviso de Conteúdo Imprório

Ter um blog pode ser algo curioso, principalmente porque ultrapassa os limites da net ... a gente acaba encontrando pessoalmente alguns caras que dizem que "entraram" aqui, mas "não leram" (um contra-senso que não vou discutir) mas que acharam uma bosta! ENGRAÇADO!!!!! hehehehee
No entanto, esses "amigos" fazem perguntas pertinentes ... e a mais curiosa é essa: por que há o aviso de conteúdo imprório na entrada do blog? - Mr. PhD, um amigo chegado, me perguntou 3 vezes no mesmo dia! Mr. W.C. (aquele que todos procuram na hora do aperto) crê que é porque sou um cara que despreza os valores sociais e morais.
Eu poderia dar uma resposta engraçada e curiosa ... deixar os caras pensarem que sou bonzinho ... hehehehe.
Mas, esse espaço é para eu dizer o que penso do mundo em que vivo - infelizmente, capitalista - e não costumo falar coisas boas dele.
Por isso, amigos PhD e W.C. e a todos os que freqüentam meu "bolog" ... hehehehe ... o aviso de conteúdo impróprio está aí

PORQUE O CAPITALISMO É UMA PORNOGRAFIA

Um abraço ao Wal, que não sei se lê, mas é seguidor do espaço. E à Mary, que é uma delícia ... (aliás, o Wal falou uma coisa sensata também: o blog é um espaço pra você falar de você. É verdade, cara ... meu assunto predileto ... hehehehee)
Bom café ... o meu, foi a Rose que fez (viu, W.C.? - heheheheheh) e tá ótimo!

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A Resposta.

Um texto antigo (?) que, depois de não passar na prova, transformei em uma historinha ... aí vai:

A Resposta

(Alegoria sobre prova do processo de seleção da pós-graduação na Educação da USP)

Depois que “os que se dizem, mas não são” apresentaram ao Aprendiz o seguinte texto, de um dos seus:

“A exigência que Auschwitz não se repita é a primeira de todas para educação. De tal modo ela precede quaisquer outras que creio não ser possível nem necessário justificá-la. Não consigo entender como até hoje mereceu tão pouca atenção. Justificá-la teria algo de monstruoso em vista de toda monstruosidade ocorrida. Mas a pouca consciência existente em relação a essa exigência não calou fundo nas pessoas, sintoma da persistência da possibilidade de que se repita no que depender do estado de consciência e inconsciência das pessoas. Qualquer debate acerca das metas educacionais carece de significado e importância frente a essa meta: que Auscwitz não se repita. Ela foi a barbárie contra a qual se dirige toda educação.”lhe foi pedido que o comentasse. Com serenidade e em busca da Verdade, o Aprendiz lhes respondeu:

“O Sr. Adorno se preocupa com a repetição de um holocausto. De um crime contra a raça humana. Mas, ele mesmo esteve vivo para presenciar alguns outros holocaustos. E, depois desses, ainda houve outros tantos. E há, ainda hoje, muitos outros. E, de fato, a educação não pode evitá-los. Nem mesmo abrandá-los.

Mas nada como apontar um fato escandalosamente horroroso, despistando o olhar de outras conseqüências desta própria guerra a que se refere o Sr. Adorno. E de tantas outras!

A educação também não ajudou às próprias vítimas de Auschwitz a aceitarem uma convivência pacífica com seus vizinhos palestinos. Isto porque nada, nem a educação é alheia à ideologia.

Sob diferentes ideologias, a educação de um povo, vítima de injustiças sociais, pode levar a diferentes maneiras de encarar o mundo e de definir regras de conduta para agir sobre ele. Pode levá-lo a uma atitude revolucionária, isto é, de reação contra essa injustiça ou pode levá-lo a tomar uma espera passiva e a aceitação dessa injustiça como norma imutável. Nesse sentido, a educação é um instrumento da ideologia, por exemplo.

O Sr. Adorno destaca a educação de seu contexto ideológico quando clama para que esta seja a responsável pela conscientização da sociedade para os riscos de um novo Auschwitz. Isto é impossível.

A exploração do trabalho alheio, a manutenção de um contingente de desempregados, na sociedade, para a manutenção de salários baixos, a miséria, a opressão, a falta de oportunidades, a eterna incerteza, a violência da fome; tudo isto em confronto com a ostentação de uma classe, gera uma reação que, hoje em dia, não está mais organizada, como no passado, mas diluída no seio da sociedade. O inimigo perdeu seu rosto, o patrão também. Então esta reação tem alvos aleatórios e objetivo imediato: a sobrevivência. E a educação não pode, por ela mesma, conter este processo. Também não pode evitá-lo. Mas pode, através de uma ideologia diversa da dominante, criar uma consciência em um nicho da sociedade que organize e viabilize esta luta.

É claro, um projeto educacional deve ter o apoio da Instituição Governamental para abranger um maior número de cidadãos. E só uma abrangência grande poderia causar uma mudança significativa da sociedade. Mas uma educação baseada em uma ideologia revolucionária dificilmente é apoiada e difundida pelos representantes dos direitos da classe dominante.

Auschwitz foi a grande tomada de consciência da humanidade em relação ao mal de uma sociedade auto-predatória, que distingue seus membros (seres humanos) não só por raças, sexos e credos, mas principalmente pela quantidade de dinheiro que possuem.

Infelizmente, não só para o Sr. Adorno, contamos outros tantos Auschwitz, da metade do século XX até o primeiro ano do XXI; tantos holocaustos, desde Hiroshima, tão próximo do horror que o Sr. Adorno aponta, até a repetição reiterada e diária das crianças vendendo balas no trânsito e se drogando ao largo da vista.

Tantos outros holocaustos fomos, somos e seremos educados a esquecer quanto sejam altas as taxas de lucro das indústrias bélicas e a prepotência de grupos econômicos que nos impõem sua vontade pela força do dinheiro que possuem. Até quando seremos educados a aceitar essas barbáries?

Esta educação não pode ajudar a evitar nada, pelo contrário, só pode ajudar à manutenção deste estado de coisas, que já não estavam bem à época do Sr. Adorno, mas que herdamos à luz desta educação.

Por fim, a barbárie contra qual deveria ser dirigida a educação é, na verdade, a base da própria educação: sua ideologia, que esvazia o significado das coisas, substituindo-o pelo dinheiro.

Portanto, para que a educação seja formadora de consciência e de memória, a sociedade em que ela está atuante deve buscar esses valores. Caso contrário, ela vai ser instrumento de manutenção de um eterno Auschwitz.”

Seus Mestres lhe sorriram discretamente e o Aprendiz percebeu, então, que seria exilado. E sorriu com alegria.