sábado, 12 de dezembro de 2009

A Beira do Abismo

Bem ... no ano passado, eu escrevi um post no dia do meu aniversário ... nem me lembro dele.

Neste ano, nem tive vontade ... cheguei à beira do abismo: 39 anos. É ... já passei da metade.

Lembro-me que, quando eu ia chegar aos 30, fiquei neurótico no aniversário de 28. E me acostumei com a idéia dos 30. Mas é difícil me acostumar com os 40.

Eu ainda estou inteiraço - assim creio! - mas, nos último 10 anos, creio que produzi pouco: uma dissertação, que foi minha "obra-prima", mas que fechou as portas da "Universidade Democrática do Kapital" para um eventual doutorado. Lembro-me que fui escrachado na minha entrevista de doutorado em uma dessas de São Paulo (que pena que ninguém filmou!) ... não só me desprezaram como pensador, mas também como pessoa. Mas ficou claro: eles sabem que eu sei ...

As peças que escrevi, neste período, nunca ouvi. Mesmo aqueles que tocam tudo de todos, dizem que não podem tocar as minhas, porque não posso pagar o trabalho deles (o que está certo). E dizem que é difícil. O que concordo: fazer o novo não é fácil para ninguém.

Consegui (a duras penas) um emprego de professor em um lugar que adoro trabalhar, mas que acaba logo, por políticas capitalistas: quem não tem um X de horas, é mandado embora. Mesmo que o quadro seja minúsculo. Então, no fim de cada semestre, não se sabe se teremos emprego no próximo. É assim.

Chego aos 40 sem saber o que será do futuro. Mas isso não é privilégio meu: é de alguém que vive em um mundo em que o DINHEIRO e o PODER falam mais alto. O que conta é TER e não SER. Não importa se você é bom (também porque ninguém tem capacidade para julgar) e nem se você faz as coisas direito. Você tem que se enquadrar - aceitar os desígnios do KAPITAL.

E, cada vez mais, me dou conta que não há mesmo liberdade. Você tem que MATAR os seus colegas, para comer no mês que vem. Ainda que você os ame. É isso: no mundo Kapital, a gente é impedido de amar. E ninguém sofre com isso?

Uma pena. Mas, eu já cansei de passar mal com isso. Hoje, vivo um dia após o outro, mesmo sabendo que, daqui a 20 anos, minhas filhas terão ainda menos chances (muito menos) do que eu. Eu tive sorte. E ainda tenho. Elas ... não sei.

Chego à beira, constantando como verdades, o que já sabia antes ... mas, agora, o funil é ainda mas apertado. Olho meus alunos e vejo, neles, a falta de vontade de aprender, porque quem está nos postos mais altos das Universidades ou da Mídia, também pouco conhecem. Sabem fazer conchavos. E, se você não toma cuidado, eles querem fazer com você: os próprios alunos! Já me ofereceram um lanche por 1 ponto na média e coisas assim. Tenebroso! Mas seguem os exemplos do Mundo Kapital, ou não?

Eles sabem mais do que eu ... para que saber música? É muito mais fácil fazer conluios ... conseguir, na base da troca ilícita, o que se quer. Mas eu olho para trás e para frente, sabendo que vou deitar a cabeça no travesseiro e dormir, que poderei olhar nos olhos das minhas filhas e não ter vergonha.

Mas eu tenho certeza que esse "professores" que fecharam as portas de um lugar que deveria ser público também fazem isso. Porque ensinam essas práticas em casa. Criam seres com esse exemplo: novos canalhas.

Hoje, acabou o café ... talvez, por isso, eu esteja mais amargo. Um bom dia.

sábado, 14 de novembro de 2009

Capitalismo para crianças.

Eu sempre achei curioso, quando os defensores do Kapital dizem que os "da esquerda" fazem tudo com ideologia anticapitalista. Porque eu sempre notei, desde pequeno - por causa da educação que tive em casa, que sempre houve um trabalho ideológico bastante forte para que se aceitasse o estado de coisas do mundo kapital. Desde os esportes, a exposição da sexualidade, e a "liberdade" cantada em prosa e verso.

Adorei saber que os alemães ex-orientais já não suportam viver no mundo kapital e os jovens (principalmente!) votam no partido mais radical de esquerda alemão (Die Links, se não me engano), que promove uma reestruturação no sistema econômico, já que eles crêem que não houve uma reunificação, mas uma anexação da alemanha socialista pela capitalista. Enfim, discussão de alemães.

No Brasil, digo mundo kapital pró-uncleSam, tivemos uma prova um dia desses, assistindo a um desenho que a Virga curte. A história era mais ou menos assim: são 3 adolescentes que batem em todo mundo em nome da Lei e havia um vilão. Ele sequestrou uma delas e colocou-lhe um dispositivo que modificava as ondas cerebrais para que ela lhe obedecesse.

E o vilão tinha um plano secreto, claro. Ele consistia em destruir shoppings e acabar com o consumo no mundo. Eu disse: eu me identifico com esse vilão! hehehehe.

E tivemos que conversar com a Virga sobre isso ... e, depois, veja só, essa é a terra da LIBERDADE! SEM IDEOLOGIAS ... hehehehe. As heroínas eram super consumistas e isso era uma virtude, no desenho. Uma fraqueza: para dominá-las, o vilão lhes joga sapatos de marca. A prisão (masmorra, no caso) era um apartamento de luxo, com revistas sobre moda e todo aparato luxuoso. Um trabalho ideológico feito a uma criança de 6 anos, que vamos levar anos para modificar. E isso, porque temos consciência.

É assim que funciona ... e, ao sempre dizer isso, me ferro, claro. O mesmo acontece na música: idiotas sem conteúdo passam em concursos promovidos por amigos, fazem o que querem, não trabalham, são professores de grandes universidades (com nome) e trabalham a favor desse estado de coisas ... gente achando que a Música serve para passar o tempo, sem consciência da linguagem: um entretenimento realizado por adestrados em universidades. Uma vergonha.

Já dizia Dr. ED, um novo personagem do meu cotidiano: "tudo se resume à confusão entre o público e o privado". De fato. Mais uma consequência do mau caratismo promovido desde a infância e refletido nas Instituições adultas ... nem falo do programa de rádio de um amigo meu que comenta os podres de outras insituições.

Eu adoro aquela frase, cujo autor não posso afirmar: "no kapitalismo, somos educados a sermos consumidores profissionais" e eu completo: fazendo de tudo para isso.

Bom café ... o meu já acabou e estou na dúvida: faço outro? Ou desencano? a resposta, no próximo post ... hehehehe ... se eu lembrar. Até.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Provas

Eu realmente não sei porque temos que submeter nossos alunos às provas. Avaliar continuamente deveria ser uma maneira de conhecer o que o aluno apreende do conteúdo. De fato, seria uma maneira optimal de acompanhar o ritmo do indivíduo.
Quando eu fiz a universidade, não tínhamos provas. Mas, também, não tínhamos conteúdo, salvo raríssimas exceções (uma delas, a mais brilhante e completa, eu transformei no trabalho de mestrado). E eu tenho certeza de que não havia provas para que os professores não pudessem ser contestados.
Qualquer reclamação extra-sala ou mesmo uma "visão diferente" da do professor se refletia na nota final. Algo vergonhoso, que reflete um estado de coisas: a confusão entreo público e o privado que se dá na sociedade capitalista.
No meu caso, faço as provas (e faço questão de fazê-las) justamente para evitar esse tipo de relação com os alunos. E também porque eles mesmos não se respeitam.
É incrível que nenhum deles leia os textos que vc pede: 1/3 lê. O resto, nada. Não realizam os exercícios. E reclamam que vc não deu aula. É incrível!
A vida de professor é assim ... claro: pode ser pior.
Fui a uma defesa de TCC em outra universidade e o professor que me convidou (meu eterno mozo de espadas, a quem cumprimento com deferência) me pediu licença para brigar para receber o salário de junho. Ele ganha bem, até. Bem mais que eu, mas com 5 meses de atraso ... e o MEC não vê essas coisas ...
Mas tem suas compensações ... quando eu descobrir alguma, venho contar.
Por enquanto, basta dizer que me fez bem voltar ao "mundo vivo exterior", embora eu tenha a plena certeza de que o mundo realmente vivo, está, no máximo, num raio de 10 metros do meu quartinho.
Bom dia e bom café (eu mesmo é que voltei a fazer agora, fraquinho e saboroso ...).

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Então ...

Pois é ...

Em tempos de reorganização financeira - agora somos apenas nós - e volta às aulas, etc e mesmo com a gripe (da qual eu até teria algumas anedotas), não tive motivação pra vir escrever ... os assuntos estavam muito saturados, já.

Pensei, também, sempre com temor, que esse espaço se tornasse um local de divagação de coisas que eu penso sobre música, mas que não tenho saco de discutir com os colegas e, ao final, isso pudesse se tornar (um chatíssimo!) compêndio sobre a minha ignorância no assunto (e olha que tem gente que me considera um dos mais sábios ... hehehehehe). Lembrei de citar isso porque, um dia desses, liguei pro eterno professor ...

Telefonei-lhe por estar sem falar com ele há tempos e sempre gosto de me lembrar de quem merece ... conversamos e, então, lembrei-me de que sou extremamente ignorante. Bem ... uma passagem ...

No final é sempre assim ... heheheheh (divagações). Mas eu me lembrei, nesta passagem de semestre, que um dos meus assuntos prediletos é a harmonia ... mas é um trabalho meio cansativo encontrar a série ... bem ... enfim ...

A preguiça é um problema que atinge o indivíduo em diversas idades ... e sempre vem com novos subterfúgios ... é incrível! como será possível ter preguiça de realizar as coisas mais básicas como comer, etc? é possível ... encontrar a série é um caso desses ... por isso é bom fazer doutorado e ter alunos ... hehehehehe .... orientandos .... hahahahahahahaha.

Bem, depois da sessão besteirol-acadêmico, quero dizer que o afastamento dos amigos se tornou uma praxe, já que, agora, meu fim de semana foi seccionado: como dou aulas na segunda, meu domingo é de angústia revisando as aulas (eu já disse que nunca me contento com nada? refaço tudo até o último momento ... é um saco), por isso, só me restabeleço da sexta, no sábado e etc ... sem tempo para lazer ... só correr atrás das DUAS e atender a MINA ... hehehehe.

Bem ... agradeço a atenção ... não sei de quem, porque não respondem e não publicam nunca ... mas ... pelo menos eu vim dar uma olhada ... hehehehehe ... tirei umas teias de aranha debaixo da geladeira ... tomei uma cerva vencendo e vou ali ... quem sabe volte logo?

Abraço

quinta-feira, 23 de julho de 2009

O Prazer de Cozinhar

Na casa dos meus pais, quem sempre se meteu na cozinha - e muito bem - foi meu pai, desde que me lembro. Realmente não lembro da fase "mamãe cozinheira". Sempre foi "papai cozinheiro" .. hehehehe. Com exceções, claro: doces e esfihas e uma porção de coisas.

Quando tínhamos uns 10 anos, o Jeff e eu nos metíamos a fazer bolo e outras coisas - o Jeff, uma vez, se queimou no pé fazendo puxa-puxa: caiu e o queimou ... um perigo!. Mas era mais ele mesmo ... eu comecei a curtir a idéia de fazer sanduíches e me lembro, até, de sustentar uma discussão sobre o equilíbrio de um sanduíche comparado ao de uma refeição padrão tipo PF. Uma pérola!

Ao morar sozinho, macarrão e pizza eram os pratos mais frequentes, embora eu já me arriscasse a alguns voos ... mas, realmente, não era assim um cozinheiro não ...

Sinceramente, não me lembro agora como começou - deve ter sido fazendo churrasco - mas acabei aprendendo a cozinhar (a Mary ajudou bastante também). Defendo-me. As meninas adoram ... quem faz o jantar das crias sou eu ... sempre.

Acaba sendo uma questão de ego - quando elogiam - mas, comigo, isso não é assim. Eu realemente não me impressiono com elogios: gosto de críticas verdadeiras. Tento sempre ser fiel ao que aprendo das receitas que julgo as melhores, mantendo um sabor rústico "trabalhado": um tipo de cozinha que deixa claro o refinamento com materiais populares ... algo como Chekov, mais ou menos, comparando coisas distantes.

A cozinha é fascinante se pensamos do ponto de vista da transformação dos materiais e, quando se adquire certa prática, poder prever e controlar parâmetros como calor, tempo de cozimento, métodos de transformação: cozido, grelhado, etc, ainda que de maneira empírica, abre caminho para pensarmos na culinária como uma arte/ciência/prática similar à música.

Ao tomar contato, em ocasiões raras, com informações de um meio diverso, pode-se notar a enorme distância que um cara como eu está da "alta culinária"; e não digo como criador, mas como apreciador. Mesmo assistindo a programas de reality show - TOP CHEF é um concurso de chefs - nota-se que me falta adestramento ... hehehehe.

É uma realidade muito distante. Como posso, então, esperar me comunicar através de minha música? Comparando, a coisa é bem similar ... uma música para iniciados ... conhecedores de tudo o que conheço e muito mais, porque só sei que não sei nada.

Um bom café ... vou arrumar o de alguém que acordou com fome.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Férias ... ?

Olá!

Faz tempo que abandonei isso - heheheheh ... p q sempre começo assim? - mas o trabalho me fez distante ... é que, na verdade, deve-se ter algo a dizer para entrar aqui ...

O papo pode ser cômico ou sério ... no caso, aqui, é o que me dá na telha ... e, não necessariamente, deve ser "cientificamente provado" ... aqui não é a academia.

O meu primeiro semestre como professor universitário foi bastante interessante ... acho que dei conta do serviço: seis disciplinas diferentes de uma vez, com uma logística estranha para chegar no local de trabalho ... (acordo às 15 pras 4, pego o táxi às 15 pras 5, o bus pra sampa às 5, metrô, ônibus e ... voilá: estou na facu às 8 - a volta pesa mais, já que saio às 12 e chego em casa às 4 da tarde ... se fosse de carro, levaria 45 minutos, mas de carro não tem Vale Transporte ... daí ....).

Eu sempre me referi a esse semestre como "um sonho real", já que meu alunos me elogiaram como professor e como compositor ... uma dupla satisfação, claro.

Mas o sonho se torna realidade, e a realidade do capitalismo é dura. O MEC, permissivo ao Kapital, permite às universidades reduzirem ao mínimo, a carga horária ... como é possível formar alguém em 3 anos, em meio período? Mas, pode sempre ficar pior.

Tivemos, no último dia letivo, a notícia de que, de 7 professores no departamento, restarão apenas 5 para o próximo semestre, já que a carga horária do curso foi ainda mais reduzida e, pelas regras da Instituição, os professores têm de ter um mínimo de horas/aula para permanecerem nos quadros da universidade. Daí que, fica patente, pouco importa quem ou como serão dadas as disciplinas e, as "minhas" são as mais fáceis de serem ministradas ... não há muita necessidade de estudo nem de muita inteligência para "ensinar" o que eu ensino ... se você não se preocupa com a Linguagem Musical, é claro.

É óbvio que eu sempre soube que não é possível fazer carreira em universidades particulares, já que convivi neste meio desde que nasci, por causa de meus pais, mas é assim: não importa ensinar bem, entregar tudo no prazo e, nem mesmo, "compreender" o que se ensina: vc tem que gerar lucro, ainda que os alunos não paguem o curso ...

E fica claro, para quem quer ver - óbvio ululante - que o interesse da educação privada é vender diplomas ... quem se interessa por ensinar são alguns professores, apenas.
O resto, não se importa muito, principalmente aqueles que já se encontram em quadros de universidades públicas: basta verificar os cadernos dos alunos da USP, por exemplo, para se dar conta disso.

E não muda ... e eles estão lá ...

Neste quadro, eu sei - pelo menos até dia 3 de agosto - que vou dar aulas mais um semestre ... não sei dos outros. Não há fututro: uma dádiva do mundo capital ... mal se esquenta a cadeira, há inúmeros (mais de 1000) pra tomá-la de você. Mas não adianta dizer nada ... é a realidade e devemos aceitá-la, resignados ... somos um número, afinal.

E o vale transporte não cobre nem mesmo o valor "cheio" das passagens de ônibus intermunicipais: sempre você é que tem que arcar com as taxas de embarque - 1/4 do valor, aproximadamente; isso sem dizer do táxi (porque não há ônibus em SJC antes das 5 da manhã), etc.

Este é o ápice do trabalho de professor, o topo tão sonhado por todos nesta profissão, a 35 reais a hora/aula. E viva o MUNDO KAPITAL!!!!!

Amém.

Por problemas financeiros, nem mais a Rose me traz o café ... e vamos assim: ruim trabalhando, infinitamente pior parado ... e, como amar no capitalismo, se, no semestre que vem, vou ter que lutar para aniquilar 2 de meus colegas?

Até a próxima ... e bom café, amargo, mas quentinho, pra descer bem ...

sábado, 23 de maio de 2009

Fim de semestre (!!!!)

Bom dia.

Quem se assustou com o título - ou melhor, foi pego de surpresa - está como eu ... incrédulo diante da realidade. Eu sabia! Mas a ficha só caiu depois (ontem ...). A situação chega a ser revoltante ...

Na verdade, na relação professor/aluno existe, em alguns casos - dependendo da instituição, em muitos casos - uma vontade de não ter aulas. É incrível, mas desde que eu era estudante na USP, a gente percebia que os profs não queriam dar aulas e os alunos também não queriam ter. Bom, eu gosto de trabalhar.

O problema (desculpa) recai sobre o calendário: tenho turmas de sexta-feira, por exemplo e, com o sem-número de feriados este semestre, os caras até se esqueceram de mim ... em alguns casos, isso se junta a atividades on line (sem aula presencial) e, de um mês com 5 sextas-feiras, acabei dando apenas 2 aulas.

Eu já disse, uma vez em algum lugar, que a educação é, depois da música e da política, o lugar onde existe o maior número de picaretas por metro quadrado ... mas, felizmente não é assim, onde trabalho (pelo menos por enquanto ... hehehehe). Alguns alunos são vagais mesmo! A maioria não. E sempre tem os gênios, claro ... os caras que vão bem, pelo menos até a página 2 (até onde os acompanhamos).

Acaba sendo inevitável, em dado momento, passar por algumas coisas, apenas. É uma pena. Ainda mais em um curso curto.

O que me deixa feliz é que não é só comigo ... e as pessoas acabam percebendo o desconforto com a situação e o esforço em resolver o problema - até aula extra eu dei, meio correndo, pra não atrasar muito o conteúdo. Mas, dizem, é porque é meu primeiro ano ... depois, a gente aprende a domar a consciência ... hehehehe.

Essa eu quero deixá-la intacta, como a minha consciência política. Intacta, mas sempre se transformando, se renovando, a ponto de me deixar feliz com ela ...

Fazia um tempo, já, que eu não passava uma noite de sexta com as meninas ... isso foi ótimo. Mas, como sou um cara de hábitos, mesmo sem precisar, estava eu, ontem e quarta-feira, de pé, às 4 da manhã (horário habitual para chegar no trampo às 8, graças ao planejamento do transporte urbano paulistano e paulista, joseense included), quase ligando pro taxista pra conversar com alguém ... hehehe.

É bom trabalhar .. algo que não deveria faltar a ninguém. Mas é bom acordar tarde, de vez em quando ... hoje, por exemplo, é sábado. Normalmente, chego do trampo, na sexta, à uma da manhã. Até dormir, 2, 2 e meia. No sábado, acordo às 9. Como ontem dormi às 10 da noite, cá estou às 6 da manhã, escrevendo essas mal traçadas linhas eletrônicas para ninguém (ou alguéns ...). O importante é escrever, como as músicas ... um dia, isso até poderá ser utilizado por alguém.

Agora, mais amiúde, talvez, eu volte. Ou não. Para escrever, há de se ter o que dizer ...

Abraço e bom café (da manhã, pra quem acorda na madruga ...)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Arumações e reflexões ...

Olá pessoal,

de volta, estou ... nada poeta, afinal ...

Mas quero falar sobre um assunto que, ao mesmo tempo pode trazer sensações de prazer - quando termina, principalmente - e de terror: a arrumação do escritório.

Com a idéia de criar o Studio Proprio (ainda de pé, oras pois!), ficou acertado, no fim do ano passado, que eu me mudaria daqui (só o quartinho). Então, TUDO o que não era desejado dentro de casa foi para lá (o meu quartinho de trabalho) - também e principalmente porque o banheirinho dos fundos e o quarto do meio (ex quarto do bebê) já estavam completamente abarrotados.

Esse abarrotamento dificultou a limpeza do ambiente - um prato cheio para as pessoas encarregadas - dando uma "bela desculpa", adiando, mesmo, uma passada de vassoura ... um problema, na hora de tirar as coisas de lá de dentro.

Estava horroroso! O pior é que degrada tudo. Tiramos tudo, limpamos o ambiente - várias demãos de vassouras, cera, etc ... e colocamos o que era do lugar, no lugar. E o que não era de lá?

Entulha o quartinho, o banheirinho e a sala. Sim! Porque decidimos que os livros de literatura e artes (os que não são técnicos ou de política) devem estar à mão dos convivas ... então, a sala com o sofá, 2 poltronas, o piano, a TV, a eletrola dos anos 50, a mesa de 8 cadeiras, a cristaleira, o criado-mudo e o pianinho das meninas, passou a abrigar, também, mais 2 estantes de livros e algumas caixas.

Mas vai dar certo .. tenho certeza: um dia, ainda conseguiremos nos livrar das âncoras ... coisas que acumulamos, até mesmo por gostarmos delas (eu tinha uma coleção de uns 100 isqueiros que nem funcionavam mais, empoeirados, carcomidos e fechados em uma caixa, empoeirados). Há sempre um momento para as deixarmos ... às vezes, os cruzamentos no caminho nos levam a diferentes destinos ... muitas vezes, temos que mudar de companhia.

Hoje, por exemplo, ando envolto em livros, relembrando coisas no quartinho da cabeça. Uma delícia! Uma faxina daquelas!!!!

Bom café e até mais.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Sutis diferenças ...

Bom dia.

Sei que posso ter parecido negligente - cativei um público (ha ha ha ha ha) e desapareci ... bem ... o que dizer? eu já disse: estou trabalhando como nunca.

Pô! E o que é que vc está fazendo? (Alguém teria deixado esta pergunta em forma de comentário, mas, sei que meus leitores respeitam a minha privacidade ... enfim ...) .. estou dando aulas em uma faculdade de sampa. Quer dizer: facu de música em sampa, claro agora, naum?

Foi mesmo um acaso! E, sinceramente, não dá pra saber mais nada: quanto tempo vai durar isso (se não me mandam embora, uma rotina na minha vida); se eu não enlouqueço (porque, do zero a 6 cursos, de uma vez, não é fácil); ou se não vou adoecer e morrer em dias, acordando 2 vezes por semana às 15 pras 4 da manhã, pra pegar o bus às 5 e chegar no emprego às 10 pras 8! Realmente, uma loucura.

Isso quando não fico quase uma hora parado na entrada de sampa (às 6 horas da manhã) pra conseguir chegar à rodo do Tietê. Realmente, é uma obra de arte do capitalismo, o trânsito das grandes cidades: sempre surpreendente e mostrando-se cada vez mais insuperável.

Mas o ambiente onde trabalho é ótimo e só tenho a agradecer aos meus colegas, alunos (os verdadeiros pobres coitados nesse processo - hehehehehe) e, principalmente, meu amigo Mau (é meio estranho chamá-lo assim, o melhor seria dizer Prof. Ms (quase Dr.) Maurício etc ... que me indicou e assinou a indicação para o cargo. Eu disse à pessoa que me contratou: se não der certo, é com ele que vc briga ... hehehehe.

O certo é que não dá pra saber se dá certo ... isso, creio, é um pouco mais do que ficar no emprego depois do estágio probatório: quando falam do meu pai como professor, dizem que ele mudou suas vidas. Quando eu me lembro do Willy, lembro o quanto ele mudou a minha vida. E de outros caras também, eu me lembro assim: a Lilian, a Helô, o Aylton e? ... talvez eu me lembre de mais algum ...

Mas o fato é que, na dialética da ignorância e da sabedoria (para aprender, vc tem que estar ciente da sua ignorância), sou eu que acabo, na maioria das vezes, aprendendo mais ... não seria isso um paradoxo?

Outra coisa que vou propor para o próximo semestre é que, ao invés de 16 aulas e 2 provas, eu vou dar 16 provas e 2 aulas. É muito melhor: não sou que estudo, economizo saliva e, não sei porque, fico extremamente bem humorado com a idéia de corrigir as provas (hahahahahahahahahahaha). É claro que é uma piada.

E o mais engraçado é descobrir que os caras vem aqui ler essa porcaria, entram no orkut, leem a dissertação e (pasme!) querem pouvir as minhas músicas. É uma espécie de paraíso, com o custo de eu ter que levantar cedo e fazer os caras entenderem que na música tem um pouco mais que melodia, ou notas.

Acho que nasci pra isso (mentira: nasci pra tomar cerveja, cozinhar pros amigos e, de vez em qdo, pensar em música) e espero que dure bastante, já que passei mais da metade da vida estudando ... na hora do aperto, serviu pra alguma coisa: eu consegui começar, pelo menos, e não "defraudar" (decepcionar) nos primeiros compassos da lídia.

Como sou toureiro de alma, tenho certeza que o número 6, logo de cara, me diz algo: um matador mata 2 touros por tarde. Quando ele quer mostrar que é grande, mata 6 sozinho. Eu não estou sozinho ... nesse começo, já tive muita ajuda. Mas matar 6, é sempre difícil. Por isso, sumi daqui. Mas volto, porque a gente se acostuma ... e, o que parecia difícil, pode parecer cada vez mais fácil.

Um bom café e, seguramente, tentando aparecer de vez em qdo ...

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Pois ...

Apesar da dificuldade em aparecer por aqui e postar (depois de ficar um bom tempo sem trabalhar, assumi uma carga de trabalho significativa em um curto espaço de tempo), sinto falta. É como se realmente eu acreditasse que alguém lê ou frequenta o blog ... enfim ...

Mas o fato é que ia postar um mail que recebi do amigo Juan, de Madrid - o cara que entende de cozinha e bares, já citado por aqui - em que um professor de filosofia comparava a vida a um pote vazio de maionese. Enchia de pedras, pedregulhos, areia e, no final, ainda sobrava tempo para um cafezinho. Algo assim. No final, depois de todos acharem pela quarta vez que o pote estava cheio, ainda se surpreendiam que cabiam 2 cafezinhos. Moral da história: mesmo que a vida esteja cheia, vc tem tempo para um café com teu amigo.

Sensível, cativante ... eu ia publicá-lo aqui. Mas recebi a versão abrasileirada de Mr. PhD, agora efetivado no cargo. No final, obviamente, cabia a cerveja, não o cafezinho. Ou seja, a moral passou a ser: apesar de tudo, sempre cabe uma cerva na tua vida.

Bem ... vou tomar uma. Se vc quiser, te mando o mail depois ... pode até escolher a versão.

Boa cerva ... ainda volto antes do carnaval ...

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Parêntese silencioso

Pois é ... no meio de contar uma história interessante, sou obrigado a fazer um desvio de rota e silenciar-me por um tempo (não muito). Preciso me acostumar com uma nova atividade que assumi - acontece que eu tava parado e me mandaram correr sem aquecimento ... fazia tempo que não toureava e, agora, vou matar 6 touros direto ... de uma vez! Caramba ... tomara que não me peguem ...
Bem ... abraço aos que leem ... e ... até (provavelmente na segunda) ... hehehehee.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Fantasia Modulante

Acordo de manhã, lá pelas 6 e meia, esquento a água para o capuccino matinal, acordo as meninas, preparo-lhes o café, ajudo-as a se arrumarem e as levo aos compromissos matinais.

Volto e vou ao bar ... arrumo a bagunça de ontem, ainda de manhã. Verifico estoques e vou às compras (por se acaso!). Pego todo mundo pra almoçar, comemos e todos de volta ao trabalho ou escola.

Volto ao bar (pelas 2 da tarde) e começo a preparar os quitutes, porque às 5, abrimos as portas. As crianças e a esposa voltam sozinhas à tarde, porque tudo tem que estar pronto ...

Os cartazes e fotos de touradas nas paredes, a música vinda direto de uma rádio de Madrid, via internet, acalentam o ambiente ... tudo perfeito ... uma linda tortilla de batatas, canapés para as tapas ... tudo em cima!

E não entra ninguém (ou entra, não importa!) ... triste ... eu ali, sorriso nos lábios, colocando chopp em compo alheio ....

NNÃAAAAAAOOOOOOOO!!!!!!!

Foi aí que eu pensei ... tenho que ser músico! ainda que ninguém queira ... EU ... quero!

Logo, transformamos a idéia ... (também porque precisávamos de espaço em casa ...)

Bem, depois dessa fantasia assombrada, vamos ao café e à continuação em outro post ... abraço.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Tema I - triste codeta

Em Madri, quando vamos, a Mary vai trabalhar e eu encaro a ama-seca .. hehehehe ... cuido das duas. O dia inteiro eu fico com elas, então, não dá muito tempo para refletir, pensar etc.

Nesta ocasião, em que discutíamos o bar, meus únicos momentos de reflexão eram o varal - tendedero - quando eu ia pendurar ou recolher as roupas do varal, que ficava no "teto" do prédio: uma beleza! Lá não tinha quartinho, mas dei um jeito de arrumar um .. hehehehe.

E, nesses momentos, eu refletia, principalmente sobre as palavras de Juan. E, de cada 3 frases para me convencer a abrir um bar de tapas em SJC, ele me lembrava de uma frase que me arrepiava: não pode beber!

Pois é, ter um bar não é frequentar um bar. Comecei, logo, a entender que ter um bar não seria usufruir de um bar: é como ser o cafetão sem poder tocar nas coisas que a gente mais gosta! Ia ser um esforço muito grande ...

Não que eu seja um bêbado! Longe disso ... (eu até gostei da nova lei de trânsito, pena que não posso pagar um motorista), mas viver no ambiente paradisíaco e só tomar uns 3 chopps no fim, pra não ferrar o fluxo de caixa, tá louco!

Comecei, assim, a ver a montanha mais alta do que ela parecia ... o esforço tornou-se hercúleo! Mas a gente havia se animado com a idéia e, para meu espanto, eu comecei a pensar na música como consolo para o bar.

É isso mesmo! Eu já estava querendo ir fazer um concurso, ou trabalhar num banco, ou de frentista ... mas, ia ter um bar. Imaginava o espaço e ia sobrar espaço! Então, eu ia levar meu quartinho pra lá .. e, se desse vontade, ia escrever música, etc.

Enfim, de dentro de uma situação (Tema 1), surge o Tema 2, ou II, como gostam os puristas. Mas, este, fica pra próxima. Bom café.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Tema I e suas consequências

Então, o que se serve em um bar de tapas? Pois é ...

A gente imaginou (e discutiu com o Juan) um provável cardápio - eu diria, polarização - de diferentes quitutes da culinária espanhola. A começar pelas tapas. Geralmente, são canapezinhos com uma rodela de pão e algo em cima (uma fatia de jamon - vai vendo!, ou um patê de atum, ou uma deliciosa combinação de vegetais, como um pequeno pedaço de aspargo sobre uma fatia de presunto (um quadradinho de presunto) e um pouquinho de alface picada, etc.; ou ainda um pedacinho de tortilla de batatas sobre a rodela de pão). Devo dizer que a Mary faz essas delícias como poucos!

Isso seria assim: o cara chega no bar e pede um chopp (ia ter que ter chopp já que, aqui no Brasil, não tem cerveja de torneira (grifo, bière au pressión) ... enfim: quando você vai pra fora, o que sai da serpentina é cerveja, não chopp) ... voltando: o cara pede um chopp e "ganha" um pratinho com 2 desses canapés. Mas o chopp tem que ser do mesmo preço que os outros lugares e, seguramente, tão bom quanto.

Também se come paella fria (uma delícia) como tapa, i.e., o cara, ao pedir um chopp, "ganha" um pratinho (pequeno), com umas 2 colheradas de paella fria (dá pra esquentar, mas fria é melhor), ou um pedaço de tortilla, já mencionada acima. Enfim, mais ou menos isso.

E, é claro, acho também que teríamos que servir algum prato rápido.

Bem, desde esse princípio, já se vê a imensa dificuldade em ganhar dinheiro com isso.

No próximo, a "vida de dono de bar" por Alexandre Ulbanere .. hehehehe (não pode beber, sabiam?).

domingo, 11 de janeiro de 2009

Tema I: Bar de Tapas


Como eu ia dizendo, no último post, eu e a Mary ficamos curtindo a idéia de ter um bar de tapas, principalmente porque o Juan estava realmente disposto a dar todas as dicas (e, inclusive, talvez, entrar de sócio!). E começamos a pensar nas coisas pra fazer (a parte boa, primeiro: os quitutes etc). (post dedicado a isso, posteriormente)

Aqui, abro espaço para uma reclamação - de extrema revolta - contra o sistema capitalista de produção (como se eu precisasse abrir um parêntese para isso! hehehehe): o exorbitante preço do jamon. É um absurdo! Como seria possível montar um bar de tapas sem jamon? O espanhol! Este, da foto, custou 70 euros, com 6 Kg. Trouxemos um de 8 Kg por 80 euros (bom, de qualidade superior a este da foto) e, aqui, qualquer coisa custa 280 reais o Kg! Sacanagem! E importar é caríssimo também (impostos etc). Una lástima!

Bem ... esse era um primeiro problema. Sem falar nos impostos e tal, que isso está previsto. Estávamos, já, fazendo planos quando, então, recebemos a notícia, lá em Madri (e papai encheu a boca pra falar ... hehehehe): "Xande, vc não vai poder beber mais ... hehehehehe ... agora, quem for pego dirigindo alcoolizado vai pra cadeia!". O que é ótimo para a sociedade! Não discuto isso! Mas esfriou o lance do bar.

O Juan, argentino, reclamador da vida que só!, não desistiu: "aqui também é assim ... ninguém prende ninguém, etc. (e com a vírgula antes e o ponto depois, como ensina o Prof. Carlos Moreno)", mas esfriou mesmo ... e eu comecei a pensar como seria a vida de dono de bar.

Conto na próxima ... hehehehe.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Tema introdutório.

Bem, depois de guardarmos a decoração de Natal, começa-se, efetivamente, a respirar o ano novo ...

As esperanças, renovadas, já, agora, se misturam com a realidade a ser enfrentada ... é tempo de executar os sonhos e projetos "para o ano que vem" - que já é agora.

Uma das coisas que quero contar aqui é o que sucedeu na metade do ano de 2008: uma mudança radical na minha forma de pensar ... eu diria, um "amadurecimento atitudinal"! (uau!).

Em julho, fomos à Madri (nossa terra natal .. hehehehe) - a Mary às vezes tem coisas por lá pra resolver - e reencontramos um grande amigo, espetacular cozinheiro, homem de bares e restaurantes da cena madrilenha, Juan; que agora quer curtir a vida entre os pastores ... sair da cidade grande. E dizíamos da viabilidade de São José, para o ramo, principalmente porque, aqui, não há bons restaurantes (incrível isso!).

Eu e a Mary acabamos por animar-nos, devido ao imenso sucesso do restaurante italiano de una amigos de família, em Bauru ... a gente faria um lance espanhol: um bar de tapas ... de verdade!

No próximo, a contnuação com a análise dos fatos ...

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Primeiro Post do Ano.

Bem ... feliz ANO NOVO!

Eu ainda estou em recesso ... vou voltar pra casa em alguns dias, mas não pude deixar de escrever ... e não vou escrever da atitude nazista que as "vítimas" do nazismo estão tomando neste fim de ano, para "espanto" da comunidade internacional e apoio do nosso "querido" USA ... nada disso.

Quero falar de um campeão. Esta tarde, chorei como uma criança vendo, na ESPN Brasil, a trajetória do Guga. Sou pobre (músico) e não tenho este canal em casa, por isso vi tudo de uma vez, na casa de papai ...

Lembro-me que o vimos jogar ao vivo (uma façanha quase tão difícil quanto ser primeiro do ranking) ... eu, a Mary, a Dani (esposa do Wal) e o Wal (que me ensinou a jogar tênis), em um desafio Brasil/Argentina, no Ibirapuera.

Nunca tive e, provavelmente, nunca terei a projeção Dele como baterista e, muito menos, como músico (principalmente erudito), por isso, não há termos de comparação. Mas, sim, temos algo em comum: ambos abandonamos nossos amores por causa da DOR. Ele no quadril e eu de hérnia de disco.

Ele ganhou tudo sozinho (não importa quantas pessoas estavam lá com ele ... técnicos, fisioterapeutas etc) e, principalmente, perdeu sozinho. Sei que tem uma família (como eu), mas ainda assim, é sozinho.

Eu faria com prazer um churrasco ou paella a Ele (é claro que ia cobrar um SET, já que até fui rankiado na USP! hahahahahah) ... mas ele merece muito mais. Ele e o Marcos, do Palmeiras, foram os dois esportistas brasileiros que vi, com meus próprios olhos, serem respeitados pela crônica esportiva internacional AO VIVO ... e que, mesmo na decadência e depois, nunca deram vexame.

Boa sorte, meu velho (novo!) ... vc deve ser bem mais que um tenista (toca até baixo. vejam só!) ... e, principalmente, deve ser um homem!

Ontem, na festa de Reveillón que fui, porque meus pais nos convidaram, senti as mãos formigando de vontade de usar as baquetas do batera que estava ali, trabalhando ... e, ainda hoje (mais de 10 anos depois), sinto falta de um ginásio lotado ou de um boteco vazio pra me ver tocar ...

Bom 2009 e que tudo se resolva na nova vida: não só Dele, mas nossa. As dores, tanto físicas, como psicológicas, as marcas das quedas que tivemos, são desafios maiores a serem superados em mais esse ano. Com uma pequena diferença: o MUNDO nunca vai te esquecer, Gg K. E nem eu. E não só pelas alegrias, mas também pelas coincidências: em um domingo em que te via ganhar RG em uma das 3 vezes (ainda me espanta isso: o impossível repetido 3 vezes!), o pai de um dos meus melhores amigos deixava esse mundo ... chorei lágrimas de dois sabores, naquela manhã ... e, seguramente, tua vitória me ajudou em muito.

Feliz 2009 ... e bom começo de ano ... para todos.