segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Ano longo ...

No primeiro semestre deste ano, eu achei que ele ia terminar tão rapidinho, que nem o gosto de 2010 ia dar para sentir. Tudo funcionou lindamente ... e ainda teve a Copa do Mundo!

No entanto, na virada do semestre, parece que a "montanha" tornou-se infinita, e não apenas para mim ... com todo mundo que eu converso, esse tem sido um ano difícil.

De fato, muitas coisas pudemos aprender, neste ano ... e tenho a certeza que a série de eventos que ocorreram no segundo semestre contribuíram para isso: entre eles, a eleição. Esse negócio mexeu mesmo com as pessoas ... uma coisa a ser estudada futuramente ... rs.

O bom disso tudo é que algumas máscaras caíram ... e pudemos perceber, em nosso cotidiano, o verdadeiro caráter de algumas pessoas à nossa volta (e isso nada tem a ver com a política!).

Cada vez mais, pessoas que tem uma autoestima baixa, mas tão baixa que apenas se sentem bem pisando nos outros, com sua prepotência e pseudoconhecimento, se revelaram. Isso aconteceu também comigo ...

Mas não só comigo ...

Eu já disse aqui, alguma vez, que só trabalho em sala de aula. No boteco, não digo nada sério ... principalmente, porque não tenho interesse, mais, em regular o mundo. Houve uma época que eu me sentia o dono de verdades, principalmente quando estava envolvido em uma causa (dissertação, por exemplo). Reconheço que eu era um chato.

Com o passar dos anos, fui aprendendo que, conviver com as diferenças era bastante difícil, mas necessário. Aceito, portanto, as idiotices alheias, já que sou pago para corrigir os erros alheios apenas em sala de aula.

Só que, nem sempre, as pessoas entendem assim. Algumas tem a necessidade de "regular o mundo à sua volta a partir da própria ignorância" ... e como tem gente assim!

É incrível, mas algumas pessoas do meu convívio, no trabalho, andaram me questionando sobre as bibliografias dos meus cursos "porque não entenderam os livros que uso, quando leram!"; gente que eu vi errar em conceitos básicos, me acusando de "não conhecer música".

Eu deveria dar uma boa resposta a eles - já dada, em psicologia dos merds, um texto aí abaixo, rs - mas creio que a melhor resposta é deixá-los passar o ridículo de se sentirem superiores ... no máximo, essa gente vai escrever a história e, modestamente, eu já estou nela (da música, digo).

No fundo, tenho pena dessa gente, que tenta regular o conhecimento alheio pelas próprias deficiências: uma tragédia! O que irrita, é que não dizem para mim: tem gente que não tem atitude de HOMEM ... e, caráter, é algo de família: não se compra em farmácia ou supermercado.

É uma pena que, de alguma maneira, gente insignificante a ponto de se colocar no direito de julgar os outros, continue vivendo entre nós ... e até eram divertidos tomando cerveja. Eu sempre respeitei a ignorância alheia, mesmo quando era um pouco mais ignorante que hoje.

Mas, passa! As máscaras não tardam a cair ... "ninguém finge mãos frias", já escreveu o GRANDE Machado! E a vida,continua, apesar dos pequenos de espírito.

No final, o ano acaba com boas surpresas: a descoberta de um novo esporte, algumas conquistas na viola (o novo instrumento, que consegui estudar, em média, uma hora por semana) e a certeza de que sou amado pelos meus (e não apenas familiares, mas também,os verdadeiros amigos).

O cansaço e o stress do final deste ano já estão passando ... já se pode ver o topo da montanha .... rs. E, com as energias mais que renovadas, enfrentaremos um novo. Eu, um ano mas velho (este, mais um fator de stress: não é fácil mudar de categoria - dos 30 aos 40). Lembro-me da nóia de fazer 30. Agora, muito pior, seguramente. Mas, este assunto, fica para um próximo post ... rs.

Por hora, uma cerveja. Sem os discursadores de boteco me enchendo a paciência! Timtim.