quarta-feira, 29 de abril de 2009

Arumações e reflexões ...

Olá pessoal,

de volta, estou ... nada poeta, afinal ...

Mas quero falar sobre um assunto que, ao mesmo tempo pode trazer sensações de prazer - quando termina, principalmente - e de terror: a arrumação do escritório.

Com a idéia de criar o Studio Proprio (ainda de pé, oras pois!), ficou acertado, no fim do ano passado, que eu me mudaria daqui (só o quartinho). Então, TUDO o que não era desejado dentro de casa foi para lá (o meu quartinho de trabalho) - também e principalmente porque o banheirinho dos fundos e o quarto do meio (ex quarto do bebê) já estavam completamente abarrotados.

Esse abarrotamento dificultou a limpeza do ambiente - um prato cheio para as pessoas encarregadas - dando uma "bela desculpa", adiando, mesmo, uma passada de vassoura ... um problema, na hora de tirar as coisas de lá de dentro.

Estava horroroso! O pior é que degrada tudo. Tiramos tudo, limpamos o ambiente - várias demãos de vassouras, cera, etc ... e colocamos o que era do lugar, no lugar. E o que não era de lá?

Entulha o quartinho, o banheirinho e a sala. Sim! Porque decidimos que os livros de literatura e artes (os que não são técnicos ou de política) devem estar à mão dos convivas ... então, a sala com o sofá, 2 poltronas, o piano, a TV, a eletrola dos anos 50, a mesa de 8 cadeiras, a cristaleira, o criado-mudo e o pianinho das meninas, passou a abrigar, também, mais 2 estantes de livros e algumas caixas.

Mas vai dar certo .. tenho certeza: um dia, ainda conseguiremos nos livrar das âncoras ... coisas que acumulamos, até mesmo por gostarmos delas (eu tinha uma coleção de uns 100 isqueiros que nem funcionavam mais, empoeirados, carcomidos e fechados em uma caixa, empoeirados). Há sempre um momento para as deixarmos ... às vezes, os cruzamentos no caminho nos levam a diferentes destinos ... muitas vezes, temos que mudar de companhia.

Hoje, por exemplo, ando envolto em livros, relembrando coisas no quartinho da cabeça. Uma delícia! Uma faxina daquelas!!!!

Bom café e até mais.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Sutis diferenças ...

Bom dia.

Sei que posso ter parecido negligente - cativei um público (ha ha ha ha ha) e desapareci ... bem ... o que dizer? eu já disse: estou trabalhando como nunca.

Pô! E o que é que vc está fazendo? (Alguém teria deixado esta pergunta em forma de comentário, mas, sei que meus leitores respeitam a minha privacidade ... enfim ...) .. estou dando aulas em uma faculdade de sampa. Quer dizer: facu de música em sampa, claro agora, naum?

Foi mesmo um acaso! E, sinceramente, não dá pra saber mais nada: quanto tempo vai durar isso (se não me mandam embora, uma rotina na minha vida); se eu não enlouqueço (porque, do zero a 6 cursos, de uma vez, não é fácil); ou se não vou adoecer e morrer em dias, acordando 2 vezes por semana às 15 pras 4 da manhã, pra pegar o bus às 5 e chegar no emprego às 10 pras 8! Realmente, uma loucura.

Isso quando não fico quase uma hora parado na entrada de sampa (às 6 horas da manhã) pra conseguir chegar à rodo do Tietê. Realmente, é uma obra de arte do capitalismo, o trânsito das grandes cidades: sempre surpreendente e mostrando-se cada vez mais insuperável.

Mas o ambiente onde trabalho é ótimo e só tenho a agradecer aos meus colegas, alunos (os verdadeiros pobres coitados nesse processo - hehehehehe) e, principalmente, meu amigo Mau (é meio estranho chamá-lo assim, o melhor seria dizer Prof. Ms (quase Dr.) Maurício etc ... que me indicou e assinou a indicação para o cargo. Eu disse à pessoa que me contratou: se não der certo, é com ele que vc briga ... hehehehe.

O certo é que não dá pra saber se dá certo ... isso, creio, é um pouco mais do que ficar no emprego depois do estágio probatório: quando falam do meu pai como professor, dizem que ele mudou suas vidas. Quando eu me lembro do Willy, lembro o quanto ele mudou a minha vida. E de outros caras também, eu me lembro assim: a Lilian, a Helô, o Aylton e? ... talvez eu me lembre de mais algum ...

Mas o fato é que, na dialética da ignorância e da sabedoria (para aprender, vc tem que estar ciente da sua ignorância), sou eu que acabo, na maioria das vezes, aprendendo mais ... não seria isso um paradoxo?

Outra coisa que vou propor para o próximo semestre é que, ao invés de 16 aulas e 2 provas, eu vou dar 16 provas e 2 aulas. É muito melhor: não sou que estudo, economizo saliva e, não sei porque, fico extremamente bem humorado com a idéia de corrigir as provas (hahahahahahahahahahaha). É claro que é uma piada.

E o mais engraçado é descobrir que os caras vem aqui ler essa porcaria, entram no orkut, leem a dissertação e (pasme!) querem pouvir as minhas músicas. É uma espécie de paraíso, com o custo de eu ter que levantar cedo e fazer os caras entenderem que na música tem um pouco mais que melodia, ou notas.

Acho que nasci pra isso (mentira: nasci pra tomar cerveja, cozinhar pros amigos e, de vez em qdo, pensar em música) e espero que dure bastante, já que passei mais da metade da vida estudando ... na hora do aperto, serviu pra alguma coisa: eu consegui começar, pelo menos, e não "defraudar" (decepcionar) nos primeiros compassos da lídia.

Como sou toureiro de alma, tenho certeza que o número 6, logo de cara, me diz algo: um matador mata 2 touros por tarde. Quando ele quer mostrar que é grande, mata 6 sozinho. Eu não estou sozinho ... nesse começo, já tive muita ajuda. Mas matar 6, é sempre difícil. Por isso, sumi daqui. Mas volto, porque a gente se acostuma ... e, o que parecia difícil, pode parecer cada vez mais fácil.

Um bom café e, seguramente, tentando aparecer de vez em qdo ...