quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Ser enterrado antes de parar de respirar

Pois é ...
Essa é mais uma que aprendemos no mundo Kapital ... os animais da gestão te enterram antes que você pare de respirar. E sem nenhum aviso prévio.
Foi o que aconteceu na megainstituição em que trabalho, esta semana. Eu estava dando aula – note: DANDO AULA – e um homem da manutenção entrou na sala (ele foi educado e pediu antes) e, enquanto eu explicava como se conformavam os temas de algumas peças de Beethoven, ele mediu a sala.
Depois, ficaram discutindo, na sala ao lado, coisas que não me interessaram... mas, a notícia chegou!!!!! Os grandes profissionais da gestão da educação, NO MEIO DO SEMESTRE, despejaram o curso de música, desmembrando-o em duas salas ... uma bem distante da outra.
Eu confesso: poderia me importar, já que os alunos (também os da comunicação onde dou um curso de Trilha Sonora) precisam que, às vezes, você mostre com os dedos, ao piano, algumas questões musicais que nem sempre são facilmente compreendidas, principalmente por leigos. Mas eu não estou nem aí.
É mais uma prova cabal que a qualidade é a última coisa que esses paladinos do Kapital pensam ... e deram, já, muitas mostram disso – reduzindo carga horária de cursos importantes; tirando elementos fundamentais de um curso de terceiro grau, como a reflexão; contribuindo para a continuidade da ignorância do aluno, que deve ser treinado para responder o ENADE.
Ou como é possível que, em um curso de comunicação, em que os alunos devem aprender a fazer produções com imagem, não se tenha a história do cinema?
Fica provado, mais uma vez, que esse tipo de educação só serve a um tipo de gente ... aquele que vai por o lucro no bolso. E que ninguém se engane: eles estão certos!
Mas, só até que a morte da galinha dos ovos de ouro se faça sentir. Aí, o final é inevitável. E eu vou assistir de camarote.
Enquanto isso, tomo uma cerveja ... amarga, mas que refresca. E digo a eles, um redondaço FODAM-SE. Até.

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