sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Ideologia e vida prática

Quem me conhece de verdade, sabe que não tenho partido político. O que, em épocas de eleições, me torna um cara não grato; até porque eu estou acostumado a dizer o que penso, e isso pode causar desconforto em alguns da raça defensora do Kapital.
Eu gostaria que recordássemos o período prévio à primeira eleição de Ignácio. Com a ideologia do partido anterior, a sensação era de um desânimo total. Foi um período em que, depois da “delícia” do real e uma vida sem inflações galopantes, percebeu-se que trabalhava-se para engordar alguns. A ideia de que individualmente os miseráveis “com alternativas” podiam ascender à classe pequeno burguesa se mostrou uma falácia.
Lembro-me que, mesmo as pessoas que amavam o partido anterior no poder, mostravam-se preocupadas com a falta de autoestima do povo. Autoestima era um sintoma, mas não o verdadeiro problema.
As promessas de agilizar a burocracia e baixar impostos tornaram-se mentiras deslavadas, já que não houve e não há interesse em resolver isso.
Com o fim de duplo mandato do Ignácio, tivemos, então, uma verdadeira guerra política, com baixarias e coisas que nem quero me lembrar ...
Mas, o resultado, na minha concepção, saiu melhor do que a encomenda. Não sou petista, mas creio que a tia Dilma é a melhor presidente que eu vi e que vivi sob. Embora ainda haja muito o que fazer, creio que um gerente como ela é, é a melhor solução para o caso; até porque, na minha opinião, ela se saiu muito bem na maioria dos pepinos já tantas vezes falados pela imprensa e, fundamentalmente, não puxa o saco dos países ricos e poderosos. Ela luta por nossos interesses.
Quanto à política interna, cada vez que lembro das coisas que andei lendo sobre a vida de produtor e empresário, percebo que a carga de impostos mata quaisquer iniciativas por mínimas que sejam, a não ser que o sujeito em questão ou não tenha mais alternativa, ou saiba sonegar e passar a perna na sociedade.
Do ponto de vista da pessoa física, também a carga de impostos é exorbitante. Mas, eu prefiro pagar esses impostos e perceber que muita gente depende de uma série de benefícios sociais que salvam vidas. Salvam artista, atletas, trabalhadores, estudantes, gente incapacitada, etc.
Uma sociedade deve cuidar de seus membros. Se há, ainda, gente que quer levar vantagem, deve-se aprimorar instrumentos para que essas pessoas sejam punidas.
Penso que anda muito difícil, mesmo para os adversários, terem algo que reclamar da tia Dilma.
Vejo princípios de campanhas em que o discurso não muda. O do PSDB torna-se um exemplo de sua ideologia. “Vamos conversar sobre como você deve ser um indivíduo e não ligar para o resto” é o discurso do mineiro playboy.
O do outro é ainda mais ridículo. E a Marina é um Enéas de saias. Sempre foi.
O desenvolvimento sustentável deve acontecer – e vai; mas é um processo. Enquanto crianças morrerem de fome, sem oportunidades de uma vida, as coisas pouco mudarão.
Não basta ter discurso bonito. Sinto, nesses 4 anos, uma grande transformação brasileira: de um país submisso aos demais, para um país que tem seu lugar no cenário internacional e faz ouvir sua voz.
Os corruptos? Cadeia pra eles ... mas para todos. E há muitos, infelizmente.
A sociedade deve e pode se conscientizar e resolver gritar contra injustiças e por suas demandas. Mas devemos lembrar do que passou e perceber que, hoje, somos melhores.
A ideologia traz esse sentido à vida prática. O que reflete na autoestima.
Duvido que haja, hoje em dia, alguém mais capaz de se sentar no trono presidencial do que a tia Dilma.
Eu nunca voto. Mas votarei. Espero não me arrepender.
Bom café ... do estúdio, agora ...

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